12.10.15

Finalmente Machado!



Olá, amigos!
Andréa, após sua reclamação, já acrescentei o acento ao seu nome. Poderia ao menos ter comentado alguma coisa no blog, né!
Sabe pessoal, vocês não sabem o quanto é legal para a gente que tem blog, quando as pessoas comentam nele. Claro que quanto mais pertinente o comentário, melhor. Mas qualquer coisinha já é um ânimo. A sensação de estar falando com as paredes não é muito bacana não.
Eu estou escrevendo aqui nessa segunda-feira linda de feriado pra falar sobre uma coisa notável que aconteceu com relação às minhas preferências literárias. Sabe, eu, como a maioria das pessoas que conheço, costumava achar um porre a literatura brasileira, e claro, nos empurravam-nas durante o colegial. Desde a minha adolescência, tive preferência por literatura fantástica, daí tive minha fase Anne Rice e suas crônicas vampirescas, depois Tolkien, André Vianco, Neil Gaimann... Daí ingressei na faculdade de tradução, que possui os cursos bem similares aos de Licenciatura em Língua Portuguesa, e daí voltei a assistir aulas de literatura brasileira, com a professora Rita Couto, uma mulher fascinada pela arte, e principalmente literatura. A paixão dela é tão grande, que era capaz de me fazer querer ler todos os livros de que comentava. E o tempo foi passando, eu com essa cara de cu... digo, não era isso... No curso, nós trabalhamos principalmente com a literatura contemporânea, Marcelino Freire, Luiz Rufatto e etc... que até certo ponto chamaram minha atenção, mas sinceramente, não tanto assim. No entanto, não pude deixar de notar que em praticamente todas as aulas do curso, sempre era mencionada a literatura do Machado de Assis. Em Língua Portuguesa, Produção Textual, Semiótica, e em todos os semestres. Eu também adoro assistir palestras de grandes professores e filósofos como Mário Sérgio Cortella e Leandro Karnal, que também sempre mencionam algo do Machadão. Dei-me conta então, de que era uma vergonha que eu, em meus plenos 35 anos, após concluir um curso de ênfase em letras, não tenha lido nada do dito cujo. Por esse motivo, peguei emprestado o primeiro exemplar de autoria machadiana, Ressurreição, já emendei com A Mão e a Luva, depois Memórias Póstumas de Braz Cubas, depois Casa Velha e agora Dom Casmurro. Puta merda, como o cara escreve! É uma inspiração. Eu já conhecia por alto algumas das histórias, pelos estudos no colegial, mas nunca havia lido, e em se tratando de Machado, é o que faz a diferença. Eu reconheço que me faltava maturidade literária para me interessar por sua literatura antes, sabe, costumava pensar que de realismo, já chegava o que nós vemos nos jornais, ou na vida. Só que é mais do que isso, é sobre a forma em que ele descreve aquilo que nós já pensamos, sentimos e vivemos. Eu tenho pensado bastante em como definir propriamente o que me interessou tanto em sua forma de escrever, afinal, em algumas de suas histórias, o final é realmente um golpe de realidade no meio da face, e mesmo assim eu já pensava em qual seria minha próxima leitura do autor. Quando eu descobrir, posto aqui!


7.10.15

O caminho até aqui.

Bem, minha última postagem havia sido exatamente quando decidi que ingressaria no curso de Tradutor e Intérprete na Uninove. O curso terminou em Julho deste ano, e aqui estou. O que aconteceu nesse tempo? Em novembro de 2013, após fazer a inscrição no programa de estágios do NUBE, me apareceu uma oportunidade na empresa Survival Translations, empresa especializada em traduções técnicas e juramentadas. Fui até lá, fiz o teste, que por sinal tratava-se de 3 traduções e 1 versão para o inglês, todas sem direito a consulta, apenas como ferramenta o papel, o lápis e a borracha. Após este primeiro teste, veio a entrevista com o diretor da empresa, que por sinal elogiou a forma que eu escrevo, fiquei lisonjeado, e após uma conversa bem sincera onde de logo abri o jogo sobre minhas crises de enxaqueca, acabei ganhando uma das duas vagas disponíveis, a outra foi preenchida pela Aline Carvalho, que acabou se tornando uma grande amiga. Cumpri o estágio durante 1 ano e meio, tempo que ainda me faltava para cumprir o curso superior, o estágio acabou me sendo mais útil na prática de tradução do que a própria faculdade, pois passei a conviver com as problemáticas da tradução e versão em inglês. Depois disso, em novembro do ano passado, ingressou na Survival minha amiga Andréa de Oliveira, que realizou um teste escrito impecável, com um currículo bem recheado na área da tradução. A Aline deixou a empresa em dezembro deste mesmo ano, e ao lado da Andréa pude aprender mais ainda, principalmente na parte de versão e formatação de documentos em Word. Em julho deste ano, com o final do curso eu fui efetivado, e hoje sou registrado como Tradutor A, o que me dá bastante orgulho, porém, este é o início da minha carreira nesta área que é vastíssima.

Meu objetivo agora é voltar para a AAMSKF e continuar meu caminho no kung-fu, e ainda levar meu filho Hélio. A Quelinha, minha mulher, agora estuda à noite, e estamos tentando equilibrar o dia-a-dia.

Vou terminar este texto por aqui, pois vejo como cumprido o seu intuito, o de apenas situar o reinicio deste ciclo de postagens sobre a gama de pensamentos que tem preenchido meus momentos de ócio pensativo, durante as viagens de trens e de ônibus. Eu gostaria muito de ver por aqui meus amigos que acompanhavam este blog, e os que me sugeriram escrever um.

Por enquanto deixo um abraço e um pedido aos amigos que fiquem à vontade neste espaço, e aviso
que me deixariam muito feliz se passarem por aqui de vez em quando!

Flavius

4.8.12

Seguindo um Caminho

Dizem que há um tempo atrás, alguns monges aprendizes chegaram diante de seu mestre e um deles perguntou:
- Mestre, qual o caminho que devemos seguir?
 O mestre fechou os olhos e apontou num direção qualquer. Os aprendizes olharam sem entender, foi quando o mestre completou:
- O caminho a seguir não é o importante, o importante é seguir um caminho.

 Eu desde que terminei o colegial me sinto perdido sobre o caminho que devo seguir. Por muito tempo eu achei que seria o kung-fú, mas outras decisões da minha vida deixaram este caminho não tão simples assim.
  Até um mês atrás eu ainda não sabia o que fazer, até que agora eu simplesmente decidi aproveitar de uma oportunidade que tenho e escolhi um caminho, estou iniciando o curso superior de Tradutor e intérprete, começo segunda feira agora. É muito difícil se impor neste mercado sem nível superior, e eu posso estar enganado, mas meu sentimento é que com um nível superior, nada poderá me deter. O kung-fú faz parte de mim e ainda é meu objetivo conquistar minha faixa-preta e abrir minha academia, este objetivo não se desfez, mas antes de eu perseguí-lo, preciso melhorar minhas condições para conquistá-lo.

  "É preciso cria a oportunidade para a vitória." Zun Tsu

  Há alguns meses eu recebi do meu próprio shifu a frase: "Você é um aluno que eu sei que um dia irei formar.", pois eu sigo com o minha citação: "Enquanto houver força nestes ossos, eu voltarei ao kung-fú"
  Uma nova era terá início nesta semana, e quando eu tiver poder darei início a minha vingança!

11.5.12

Matador de Aluguel


    Quando somos crianças e adolescentes, criamos uma imagem do homem que queremos nos tornar. O Dalton, personagem do Patrick Swayze em "Matador de Aluguel" era mais ou menos o cara que eu queria ser. Fora ele tinha o Chuck Norris em qualquer um dos seus filmes, o Reno Raines da série "O Renegado" vivido por Lorenzo lamas, Frank Dux de " O Grande Dragão Branco" que pra mim é até hoje o melhor filme do Van Damme... entre outros... Mas nossa vida dá tantas voltas que às vezes é bom lembrar dos planos que tínhamos na infância... Claro que com o tempo nossa visão do mundo se transforma, nossas prioridades e planos, mas eu acho que aquela essência continua, em algum lugar, junto com a criança que um dia nós fomos. É, acho que por hoje é só.

10.5.11

I hope it´s not just the just.


O que é realmente o amadurecer?

Eu não costumo falar muito sobre isso, mas na adolescencia eu tive um sonho de ser ator.
Mas eu era só um garoto. Pretensioso, arrogante, tolo demais. Mas sinceramente pude ver que tinha algum talento, digno de algum destaque em meio aquela multidão de pretendentes. Um certo dia eu recebi uma proposta indecente de um homem que com certa influência me daria er suporte necessário para que eu ingressasse no ramo artístico. Isso me chocou demais. Me fez acreditar que eu não pertencia àquele mundo, e de fato não pertenço. Não àquele.
Hoje, 10 anos depois, aquela chama que cultivei no fundo da alma veio faiscar. Eu não sou mais um garoto arrogante, tolo talvez. Tolo o bastante pra permitir o despertar irresponsável do velho sonho. Pois a vida não é a mesma.

O negócio é que eu preciso de mais.
Espero que não pare por aí.

9.5.11

13 de Maio, dia do Preto Velho.


Perguntei ao preto velho
Porque chora meu heroi?
Preto velho respondeu
É meu coração que dói
Eu já fui bom candeeiro,
Fui carreiro e fui peão
Já derrubei muito mato,
E ja lavrei muito chão
Com carinho carreguei...
Os filhos do meu patrão
Em troca do que eu fiz,
Só recebi ingratidão

Perguntei ao preto velho
Porque chora meu heroi?
Preto velho respondeu
É meu coração que dói
Sempre chamei de senhor
Quem me trato a chicote
Livrei meu patrão de cobra
Na hora de dar o bote
Eu sempre fui a Madeira
E o patrão foi o serrote
Sofri mais do que boi velho
Com a canga no cangote

Perguntei ao preto velho
Porque chora meu heroi?
Preto velho respondeu
É meu coração que dói
Da terra tirei o ouro
Meu patrão fe3z seu anel
Mas agora estou velho
E meu patrão mais cruel
Está me mandando embota
Vou viver de del em del
O que me resta é esperar...
A recompensa do céu

Letra de João Mulato e Douradinho.

3.5.11

For The Horde!!!!



É galera, o tempo da lamentação está passando. Não pode chover pra sempre, então tá na hora de erguer a cabeça e voltar a luta.

O negócio das legendas está bem devagar, desde 2008 quando eu fui desligado da empresa onde eu trabalhava, venho lutando por minha autonomia profissional, no ramo das traduções e legendas. E por um tempo foi bom. Mas agora as coisas estão bem paradas. Eu ainda não decidi ao certo se persisto nisso ou não, mas uma coisa é certa, no momento eu estou precisando de um emprego. E isso principalmente porque eu quero voltar pra AAMSKF. Nas últimas 3 semanas eu voltei a correr e até treinar um pouco de kung fu para me preparar para meu retorno. Além do meu corpo estar pedindo este retorno, é também uma alternativa para conseguir minha autonomia profissional. Abrir uma filial da AAMSKF aqui na Cidade Tiradentes seria um ótimo investimento aos meus olhos.

Então, chega de lamentar e vamos ao trabalho, pois a vida passa como um rolo compressor por cima daqueles que param de seguir em frente.

FOR THE HORDE!!!!